quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Efemérides - Ferramenta

Efemérides significam, em latim, "memorial diário", "calendário" (ephemèris,ìdis), ou, em grego, "de cada dia" (ephémerís,îdos). A palavra efêmero/a ("que dura um dia") tem a mesma etimologia.
Uma efeméride é um fato relevante escrito para ser lembrado ou comemorado em um certo dia, ou ainda uma sucessão cronológica de datas e de seus respectivos acontecimentos. Há a possibilidade de classificá-la de diversas formas, como, por exemplo, histórica, vexilológica ou hagiográfica.
Na forma plural, "efemérides", nomeadamente, "efemérides astronômicas" ou "efemérides monárquicas", é o termo usado por magos, astrônomos, astrólogos e monarcas para anunciar a tanto as ocorrências de alguns acontecimentos celestiais (eclipse, cometas) bem como escolher a posição dos astros para assinaturas e tratados imperiais tudo de acordo com a posição dos astros de cada dia, normalmente encontrados num conjunto de tabelas denominadas hoje efemérides astronômicas, que indicam a posição dos astros para cada dia do ano.
Modernamente, as efemérides astronômicas são calculadas por algoritmos.


Graves Version of the Celtic Lunar Calendar 13 Months, 28 days each

Month Begins Tree Stone Attribute
Beth December 24 Birch Quartz Inception
Luis January 21 Rowan Tourmaline Quickening
Nion February 18 Ash Aquamarine Seapower
Fearn March 18 Alder Garnet Fire
Saille April 15 Willow Moonstone Enchantment
Vath May 13 Hawthorn Lapis Lazuli Cleansing
Duir June 10 Oak Diamond Endurance
Tinne July 8 Holly Ruby Blood
Coll August 5 Hazel Topaz Wisdom
Muin September 2 Vine Amethyst Exhilaration
Gert September 30 Ivy Opal Resurrection
Pethboc October 28 Dwarf Elder Saphire Royalty
Ruis November 25 Elder Peridot The Inevitable
December 23 is New Years Day, the 1 extra day included at midwinter

Magia - Guia da Evocação Mágica.


Magia
Magia é a mais elevada ciência existente em nosso planeta, pois ensina o metafísico assim como as leis metafísicas validas em todos planos. Esta ciência tem sido chamada magia desde que os registros humanos começaram, mas isto tem sido reservado à círculos especiais, principalmente compostos de altos- sacerdotes e altos governantes.
Eles somente conheciam a verdade mas mantinham-la secreta. Eles não somente estavam completamente cientes com a síntese de sua própria religião mas também de todas outras. O povo, por outro lado, era ensinado sobre religião somente através de símbolos. Levou muitos séculos até que fragmentos escassos desta ciência eram também feitos conhecidos pela humanidade de um modo velado, como era entendido.
Devido à que a maioria das pessoas não passaram por qualquer treinamento nestas organizações, eles podiam somente entender estes fragmentos de seu ponto de vista individual e , em consequência, passar seu conhecimento incompleto e unilateral. Este é o motivo pelo qual a ciência mágica foi, sem exagero, permanecendo uma ciência secreta até esta data.
O verdadeiro entendimento destas leis mágicas depende da maturidade espiritual do indivíduo. Para alcançar esta maturidade um certo pré-treinamento é absolutamente necessário. O leitor irá consequentemente achar natural que ele deva ser totalmente familar com a primeira carta de tarô, ao menos até o passo 8, se ele deseja ter mais sucesso positivo em sua prática da alta magia.
Não há milagres como tal, consequentemente não há nada sobrenatural. Os fatos e efeitos permanecem obscuros porque as pessoas não são capazes de percebe-los de primeira mão.
Magia é a ciência que ensina a aplicação prática das leis mais baixas da natureza até as mais altas leis do espírito. A pessoa que tem a intenção de aprender sobre magia deve primeiro aprender a entender o funcionamento das leis mais baixas da natureza de modo a conceber as leis baseadas nela e finalmente (nt: conceber) as leis mais elevadas.
Dependendo do nível que o leitor tiver alcançado ou das leis com que ele está lidando no momento, ele pode, para obter uma melhor pesquisa, separar a ciência mágica em três grupos; ou seja, na ciência mágica inferior, a qual comprende nas leis da natureza e seu trabalho, funcionando e controlando que pode, se você desejar, ser chamada de ciência mágica natural.
Adiante, no estágio intermediário de magia compreendendo a operação, funcionamento e controle das leis universais dentro do homem, o que é o microcosmo, o pequeno mundo; e finalmente na alta ciência mágica compreendendo a operação, o funcionamento e o controle das leis do macrocosmo, i.e. de todo o universo.
Eu já mencionei algumas vezes no meu primeiro livro a analogia pela qual a baixa, intermediária e alta ciência mágica estão conectadas e também dei uma completa descrição da operação e funcionamento destes poderes.
A ciência mágica pode ser comparada com o sistema escolar: Baixa magia é assunto das classes elementares; magia intermediária, a magia do homem, é ensinada nas escolas secundárias ou técnicas(nt:preparatórias); e a alta magia é discursada na universidade.
Mas de acordo com a tábua hermética, o axioma universal válido para a magia é "como acima, assim é embaixo" e vice-versa, é, falando restritamente, não correto falar em baixa, intermediária e alta magia.
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Há realmente uma única magia, e o grau de maturidade com o qual o mago em questão chegou é a medida para seu desenvolvimento individual. As leis universais, não importa se aplicadas com más ou boas intenções, sempre permanecem as mesmas.
A aplicação de uma lei depende do caráter e das intenções do indivíduo. Se o mago usa seus poderes para bons propósitos, ele pode escolher para sí a expressão "magia branca"; Se ele usa suas faculdades para maus propósitos ele pode falar sobre "magia negra"; mas não importando se as ações de um mago são moralmente boas ou más, elas são trazidas a tona pelas exatas mesmas leis.
O leitor sensível irá sem dúvida ter certeza de que não há uma magia branca ou negra. Esta diferenciação tem sido trazida ao uso comum por facções misticas e religiosas, já que eles chamam uma pessoa que eles não gostam de mago negro.
Para dar a você uma comparação estridente, só pense no fato de que seria igualmente insensível do ponto de vista universal dizer, por exemplo, que a noite é má e o dia é bom. Uma não pode existir sem a outra e ambos polos tiveram que vir à existência quando o macrocosmo e o microcosmo foram criados, de modo a fazer um diferir do outro.
Deus, o criador do universo, não criou nada sujo ou mau. Isto não quer dizer que o homem deva fazer o bem e o mal. A diferença entre as duas existe para permitir ao homem descobrir a verdade dos opostos e tornar-se mestre dela.
O verdadeiro mago não irá consequentemente nunca subestimar o negativo, mas também não o evitará. Ele irá sembre permitir o negativo tome o lugar devido a ele, e o negativo deve ser tão útil quanto o positivo. Para concluir, o mago nunca considera as forças negativas como más forças. Ele irá olhar o bem e o mal não de um ponto de vista religioso, mas de um ponto de vista universal.
Magia é comumente tomada por engano como feitiçaria ou bruxaria; Eu
cosequentemente devo explicar brevemente a diferença entre magia e feitiçaria.
O verdadeiro mago sempre adere às leis universais, ele sabe sobre suas causas e efeitos e deliberadamente usa estes poderes, aonde um feiticeiro usa poderes cuja origem ele não conhece, embora ele esteja completamente ciente das consequências resultantes devido à sua utilização destes poderes; mas ele não tem idéia sobre as reais conexões porque ele não tem conhecimento das leis universais.
Ele pode conhecer uma ou duas leis e ter um conhecimento parcial delas, mas ele não ve as verdadeiras conexões entre a operação, desenvolvimento e funcionamento destas leis universais, assim como ele não alcançou a maturidade necessária.
O verdadeiro mago, por outro lado, não desejando ser classificado como um feiticeiro, nunca fará nada sem ter completo conhecimento sobre o que está fazendo. Um feiticeiro, também, pode usar isto ou aquilo que está fora de seu conhecimento da magia com boas ou más inteções, não se importando se usa poderes positivos ou negativos. Mas ele não tem o direito de chamar a si de mago.
Um charlatão é uma pessoa que tenta enganar outras pessoas. Ele não é um feiticeiro nem um mago. Ele realmente é, para usar termos comuns, um fraudador. Charlatães gostam de glorificar-se sobre suas elevadas faculdades mágicas, as quais, em verdade, eles não possuem, e tentam cercar a sí próprios com um véu de segredo místico de modo a esconder a sua ignorância.
É esta categoria de pessoas que são responsáveis pelo mau nome que a verdadeira ciência magica obteve. As características de um verdadeiro mago não são o segredo nem a pompa externa, bem o contrário.
Ele é modesto e sempre está tentando auxiliar pessoas e explicar às pessoas
maduras os segredos da magia. Naturalmente, ele não dará seus segredos para
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pessoas ainda não maduras para eles, de modo a evitar a degradação da ciência
mágica.
Nunca irá o verdadeiro mago demonstrar seu conhecimento da ciência mágica
pelo seu comportamento externo.
Um verdadeiro mago é dificilmente diferente de um cidadão comum, pois ele sempre tenta adaptar a si mesmo à qualquer outra pessoa, qualquer situação ou ocasião. Sua autoridade mágica é interna e não necessita de explendor externo.
Há ainda outra variação inferior da magia a ser mencionada, pois é frequentemente tomada por engano como magia verdadeira, mas não tem nada a ver com a última. Eu digo a assim chamada arte do ilusionismo. A habilidade manual do ilusionista e sua capacidade de causar impressões ilusórias nas pessoas que o assistem o torna apto a copiar alguns fenômenos que o mago genuíno traz à tona pela aplicação das leis universais.
O fato é que sempre ilusionistas usam a palavra magia para seus truques suporta novamente a evidência do significado inferior à qual ela afundou. Não é intencionado dar ao leitor qualquer detalhe de truques de ilusionismo ou truques de palco. É, entretanto, um fato que o ilusionista não é um feiticeiro nem um mago, mesmo pensando que ele possa dar a sí mesmo os nomes mais promissores devido à sua grande habilidade manual.
Neste livro uma síntese será dada do campo da ciência mágica a qual até nossa era moderna nunca foi revelada: a magia da evocação, desde que este é o campo de magia que é mais dificil de entender. Da mais antiga era da antiguidade até nossos tempos modernos centenas de livros tem sido publicados os quais contém instruções para a invocação de seres, para concluir pactos com o demônio, e assim por diante. Mas nenhum destes livros foi capaz de comunicar aos seus leitores o conhecimento autêntico, nem de assegura-los sucesso na aplicação prática do ensino, embora tenha acontecido algumas vezes que certos indivíduos, devido a sua disposição herdada e sua maturidade, tem tido sucesso.
 
O mago autêntico que quer ficar longe dos problemas da evocação mágica não necessita temer ter apenas sucesso parcial ou nenhum sucesso de qualquer modo. Ele logo irá convencer-se que com a síntese  da  magia da evocação dada aqui ele estará capacitado a levar adiante uma evocação com sucesso.
 
As outras categorias de magia, como por exemplo a magia das múmias, magia da simpatia, encantamentos através de meios simpáticos não serão tratadas neste livro, pois estes campos serão facilmente explorados pelo mago por sí próprio, devendo ele estar interessado neles. Instruções neste respeito podem ser encontradas nos livros comuns lidando com tais assuntos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Coven Elo das Deusas - Pergaminho digital

"Nunca existiu uma pessoa como você antes, não existe ninguém
neste mundo como você agora e nem nunca existirá.
Veja só o respeito que a vida tem por você.
Você é uma obra de arte — impossível de repetir,
incomparável, absolutamente única."
Osho

Os Decanatos Caldeus
RITUAL DE PASSAGEM

É importante ritualizar a separação de corpos entre um casal com diálogo, amizade, respeito, carinho e cumplicidade. Sair de uma relação de intimidade física e emocional pode ser difícil, mas é superável. Todavia, perder a confiança na AMIZADE de alguém que a gente ama é uma das piores coisas do mundo... Machuca, entristece, nos sentimos expostos, amarra o coração, murcham flores da nossa alma...

Seja qual for o motivo da separação, a dor da ferida desse rompimento um dia passa, mas uma ferida aberta na amizade do casal que é descuidada, maltratada pelo descaso, pela falta de zelo, pode deixar cicatrizes profundas na mente, no subconsciente, no coração, na alma das pessoas envolvidas. Uma conversa, um abraço, um ritual de passagem amigável e amoroso faz-se necessário. Deve-se ao menos tentar que seja assim. Com carinho a separação pode ser bem assimilada por ambos. Um amor bem resolvido e que foi bem vivido torna-se leve, são asas que ganhamos para alçar vôos cada vez mais altos no amor pela humanidade, por todos os seres.

É muito importante que com o fim de uma relação amorosa não percamos a fé de que podemos continuar a confiar nas pessoas, confiar nos relacionamentos... Confiar no alicerce de amor-amizade das relações que criamos em nossas vidas. Entrar em uma nova relação a dois (ou até mesmo voltar a ter relação de casal com a mesma pessoa) com cicatrizes mal curadas no sentimentos básicos de confiança, entrega e amizade não pode ser saudável...

Zelo, atenção, consciência, respeito, amor pelos processos individuais de cura de si mesmo e do outro são fundamentais. Apreço, consideração, sinceridade, cumplicidade são alicerces do sentimento de amizade que, por sua vez, é o alicerce para qualquer relação saudável entre duas pessoas (seja uma relação de amigos, casal, filhos, pais etc.)

A amizade, no meu modo de ver as coisas, deve estar presente em todos os ciclos da relação de um casal, inclusive no final do ciclo do amor carnal. Esse momento de transição é muito importante. É o momento de mostrar que se pode confiar em tudo o que viveram, em tudo o que compartilham, que se confidenciaram. É mostrar mostrar que valeu a pena e agora, cada um vai para o seu lado, mas há respeito, uma nova fase da vida... Este ciclo de amor carnal-emocional pode acabar um dia mas o ciclo do amor-amizade é amor verdadeiro, desinteressado, desapegado, querer-bem, confiança, não finda nunca...

"amizade é um amor que nunca morre"

Desvendar a alma para alguém que de uma hora para a outra quebra os laços de confiança, os laços de amizade, não tem sentido... Desvendar a alma é assunto sério...

É importante não depender emocionalmente de ninguém, a fonte do amor universal é interna, mas não estou me referindo à dependência ... estou falando do vinculo fraterno que envolve as relações de amor entre duas ou mais pessoas. Fraternidade é base para o amor nos relacionamentos. Amor é base para a saúde do espirito.

Infelizmente nem sempre é assim... As pessoas separam com naturalidade os conceitos de amor e amizade. Pessoas e relacionamentos são descartados, e não, trabalhados, transformados... A cumplicidade total de ontem vira um nada, vira desrespeito, vazio, ressentimento... Nem um abraço nessa transição?

Penso que deve ser a cultura do consumo e do descarte capitalista introjetada no subconsciente das pessoas. Só pode ser! A cultura do descarte sendo transferida para as relações humanas... Descarte de gente... Auto-preservação imatura ... uma pena...

Por isso, amigas queridas, precismos nos fortalecer internamente para não endurecer a alma diante das situações de descaso com os sentimentos, com os relacionamentos Resta-nos pedir ao coração para que o sentimento de confiança e entrega ao outro não se perca... Resta-nos pedir ao coração para perdoar e agradecer a todos os que compartilharam vida conosco... mesmo que eles não saibam a importância que tem dar importância...

Que viva a inocência da entrega!
Que viva a amizade!
Que viva a confiança!
Que viva a cura do coração.
Que viva, em primeiro lugar, o amor verdadeiro! O amor fraterno!

Andrea Cabral


"Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma."
Cora Coralina


Livros


" O Despertar de uma Nova Consciência", livro do Eckart Tolle

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Coven Elo das Deusas - Pergaminho digital esboço e perfil das deusas

Rituais 
(maioria Beltane e Litha, Imbolg)
http://ozgoetia.blogspot.com/2011/02/regencia-planetaria-dias-e-horas.html

http://pt.scribd.com/doc/19234702/Franz-Bardon-Evocacao-Magica 


Rituals and such performed in and around the MoonPath CUUPS Group in Fort Lauderdale

Beltaine Ritual, 2006 Moonpath Chapter of CUUPS composed by Valan, The Druid

A Litha Ritual

The Chocolate Ritual
Faerie Earth Healing Ritual
A Lock & Load Ritual at MoonPath CUUPS, Fort Lauderdale, Florida
Ostara Ritual at MoonPath CUUPS, Fort Lauderdale, March 2005
Beltaine 2005 at MoonPath CUUPS, Fort Lauderdale
Diana's Bow Ritual
Samhain Playlet and Ritual, MoonPathCUUPS.Org, Fort Lauderdale, FL. October 30, 2004
A Drawing Down of the Moon
Sekhmet's Mid Summer Ritual 2004
A Druid Beltaine Ritual, 2004, from Moonpath CUUPS, Fort Lauderdale, Florida
A Beltaine Playlette, Moonpath CUUPS, Fort Lauderdale, Florida A Full Moon Ritual
A TREE RITE FOR THE BELTAINE SABBAT
A Generic Self-Initation Ritual
A Ritual of New Beginnings
Beltane Ritual and Handfasting
Ostara Ritual at the Vernal Equinox


Efemérides


http://www.astrologie.com.br/estrelamagos.htm#decald 

http://www.momentoastronomico.com.br/efemerides/efemerides.html



Sistema Solar Astronauta
http://www.iag.usp.br/siae98/universo/sistsolar.htm


Horóscopo Semanal e as Previsões para os Signos
UOL Horóscopo

Angel Vianna Escola e Faculdade de Dança 

Vya Estelar - Lua Fora de Curso - Lua fora de curso não 'recomenda' início de grandes empreendimentos

Jaya Luz - a própria Deusa (High Priestess)
Mariana - Minerva
Yashen - Urânia
Orianna - Inanna Imperatriz
Gaia - Terpsicore (Musa)
Sharia -


 

Sobre a Verdade

[editar] Ver também

Escola de Mistérios - III Francis Bacon

Imagens da Deusa

http://www.josephinewall.co.uk/


http://www.tendreams.org/boulet.htm  Susan Sedon Boulet

Textos

http://tradutoracarol.com.br/2011/07/01/la-loba-a-mulher-lobo/   Cap 1 Mulheres que Correm com Lobos

Thich Nhat Hanh

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Diodorus Siculus
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Escola de Mistérios - II Isaac Newton

Sir Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643Londres, 31 de março de 1727)[1][nota 1] foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.

Escola de Mistérios -1 - Demeter


A Deusa Demeter e os mistérios Eleusis

deldebbio | 22 de setembro de 2008 Acredita-se que o culto à Deméter tenha sido trazido à Grécia vindo de Creta durante o período micênico, carregando consigo o seu nome.. Sendo assim, ela é descendente direta da Deusa-Mãe cretense, que com suas virgens e sacerdotisas, empunhavam serpentes e prestavam culto ao touro. Neste caso, podemos afirmar que Deméter representaria a sobrevivência da religião e dos valores matriarcais durante a cultura patriarcal guerreira dos gregos clássicos.

O hino homérico relata que ela teria chegado a Eleusis disfarçada de anciã, na época em que as pessoas vinham do outro lado do mar, de Creta.
A filha de Deméter, Perséfone, também nasceu em Creta, e a lenda arcaica da união de Zeus, em forma de serpente, com sua filha também teve lugar em Creta. O filho que nasceu dessa união foi Dionísio. As coincidências demonstram que existe uma conexão entre a Deméter documentada em Creta e a que é conhecida na Grécia.
Na Grécia antiga, Deméter era responsável por todas as formas de reprodução da vida, mas principalmente da vida vegetal, o que lhe rendeu o título de “Senhora das Plantas”, “A Verde”, “A que atrai o fruto” e “A que atri as estações”. As pessoas a honravam ao usar guirlandas de flores enquanto marchavam pelas ruas, geralmente descalças. Acreditava-se que pisar na terra descalço aumentava a comunicação entre os humanos e a Deusa.
Para os gregos, Deméter era a criadora do tempo e a responsável por sua medição em todas as formas. Seus sacerdotes eram conhecidos como Filhos da Lua.
Outro vestígio da antiga consciência matriarcal da Deusa-Mãe, foi transmitido na devoção católica popular da Virgem Maria entre os povos do Mediterrâneo. Quase certamente há uma continuidade psíquica entre Maria, a Mãe de Deus, as antigas deusas da Grande Mãe no Mediterrâneo e no Oriente Próximo e a deusa Deméter. Mas embora se conheça muitas representações medievais de Maria com cereais e flores, ela não possui o poder emocional das antigas Mães da Terra e suas filhas.
Deméter era a protetora das mulheres e uma divindade do casamento, maternidade, amor materno e fidelidade. Ela regia as colheitas, o milho, o arado, iniciações, renovação, renascimento, vegetação, frutificação, agricultura, civilização, lei, filosofia da magia, expansão, alta magia e o solo.
O RAPTO DE PERSÉFONE
Quando falamos de Deméter, devemos falar de duas Deusas. O cerne do mito e do culto a Deméter, era o fato dela ter perdido sua adorada filha Coré (donzela, em grego). A intimidade entre mãe e filha ressalta o caráter profundamente feminino dessa religião e constelação mitológica. Coré mais tarde passa a ser conhecida como Perséfone.
O mais antigo documento que narra este mito é o belo “Hino à Deméter” homérico, que nos fala tanto da Deusa Deméter como de sua filha Coré. O objetivo deste poema é explicar a origem dos mistérios de Elêusis.
A jovem Coré, diz a narrativa, encontrava-se colhendo flores, quando foi atraída por um narciso muito belo, mas ao estender a mão para pegá-lo, a terra se abriu e Plutão (Hades), Senhor dos Mortos, em sua carruagem de ouro puxada por dois cavalos negros, arrebatou-a e levou-a para ser sua noiva e Rainha do Subterrâneo. Coré lutou e gritos, mas nem os deuses imortais como os homens mortais, ouviram seus clamores. Deméter só pode ouvir o eco do apelo de sua filha e então apressou-se para encontrá-la. Procurou sua filha por nove dias e nove noites, não parando para comer, dormir ou banhar-se, só andando errante pela terra, carregando em suas mãos tochas acesas. Porém quando se apresentou pela décima vez a Aurora, encontrou-se com Hécate, Deusa da Lua Escura, que lhe diz:
-“Soberana Deméter, dispensadora das estações, de esplendidos dons, quem dos deuses celestes ou dos homens mortais raptou Perséfone e afligiu teu animo? Ouvi a sua voz, porém não vi com meus olhos quem era. Em breve vamos desfazer esse engano”.
Assim falou Hécate que partiu com Deméter, levando em suas mãos as tochas acesas. As duas então chegaram até Hélio, o deus do sol, que compartilha esse título com Apolo e a mãe aflita perguntou:
-”Sol, respeita-me tu ao menos, como Deusa que sou…A filha que pari, encantadora por sua figura…ouvi sua vibrante voz através do límpido éter, como a de quem se vê violentada, mas não a vi com meus olhos. Porém tu que sobre toda a terra e por todo o mar diriges desde o éter divino a olhar de teus raios, diga-me sem enganos se teria visto a minha filha querida em alguma parte; quem dos deuses ou dos homens mortais ousou capturá-la para longe de mim, contra sua vontade, pela força”.
Hélio então respondeu:
-”Filha de Rea, ..pois é grande o meu respeito e compaixão que sinto por ti, aflita como estás por tua filha de esbeltos tornozelos. Nenhum outro dos imortais é mais culpado que Zeus fazedor de nuvens, que a entregou à Hades para que se torne sua esposa…Assim que tu, Deusa, dá fim a teu copioso pranto. Nenhuma necessidade há de que tu, sem razão, guarde então um insaciável rancor.”
Deu a entender para a Deméter que ela deveria aceitar a violação de Perséfone, pois Hades, não era um genro tão sem valor, mas a Deusa não aceitou seu conselho e agora sentia-se traída por Zeus. Retirou-se do monte Olimpo, disfarçou-se de uma mulher anciã e vagou sem ser reconhecida entre as cidades dos homens e os campos. Um certo dia, ela se aproximou de Elêusis, sentou-se perto do poço Partenio e foi encontrada pelas filhas de Céleo, o governador de Elêusis. Quando Deméter disfarçada lhes revelou que procura um emprego de babá, ela a levaram para casa, à sua mãe Metanira, para cuidar do um irmãozinho chamado de Demofonte.
Sob os cuidados da Deusa, Demofonte criou-se como um deus. Ela o alimentou com ambrosia e secretamente o colocou em um fogo que o teria tornado imortal não tivesse Metanira entrado no local e gritado por medo do filho. Deméter reagiu com fúria, reclamou à Metanira por sua estupidez, e revelou sua verdadeira identidade. Ao mencionar seu nome mudou completamente seu visual revelando sua beleza divina. Seu cabelo dourado caiu pelas costas, e seu perfume e esplendor encheram a casa de luz.
Imediatamente Deméter ordenou que fosse construído um templo só seu e lá permaneceu envolta em sua dor e não permitindo que nada germinasse na terra.
Zeus, tendo conhecimento da situação enviou sua mensageira Íris até Deméter, pedindo que Deméter retornasse ao Olimpo. Como não concordou, um a um dos deuses olímpicos vieram até ela, trazendo dádivas e honras. Mas a cada um Deméter fez saber que de modo algum retornaria ao monte Olimpo, até que sua filha lhe fosse devolvida.
Finalmente Zeus resolve enviar seu mensageiro Hermes até Hades, ordenado-lhe que trouxesse Perséfone de volta para que “quando sua mãe a visse com seus próprios olhos, abandonasse a sua raiva”. Hermes ao chegar ao mundo de Hades, encontrou-o sentado próximo à Perséfone que se encontrava muito deprimida.
O Senhor dos Mortos, antes de libertar Perséfone, deu-lhe uma semente de romã para comer, o que faria com que ela voltasse para ele. Assim, foi-lhe permitido voltar para Deméter dois terços do ano e o restante do ano no mundo das trevas com Hades.
Com a satisfação de recuperar a filha perdida, Deméter fez com que os cereais brotassem novamente e com que toda a Terra se enchesse de frutos e flores. Imediatamente mostrou esta feliz visão aos princípios de Elêusis, Triptolemo, Diocles e ao próprio rei Celeo e, além disso, revelou-lhes seus sagrados ritos e mistérios.
O amor entre Deméter e Coré é um sentimento que somente uma mãe e uma filha podem realmente compartilhar. Não importa o quanto um pai ame e adore sua filha, jamais chegará perto do estreito vínculo que existe entre mãe e filha. Ao dar á luz, a mãe, vê a si mesma em pura inocência naquela pequena pessoinha. Jung nos diria que uma mãe vê em sua filha é a percepção de seu próprio “self” feminino transcendente, a perfeição do ser feminino.
Podemos afirmar, com convicção, segundo Carl Jung, que “em toda mãe já existiu uma filha e toda a filha contêm sua mãe” e que toda mulher se estende para trás em sua mãe e para frente em sua filha. A conscientização destes laços gera o sentimento de que a vida se estende ao longo de gerações e provocam a sensação de imortalidade.
ARQUÉTIPO MATERNAL
No momento que a mulher recebe em seus braços o seu bebê, o poder arquetípico de Deméter é plenamente despertado. As dores do parto, consideradas como uma transição iniciática, desaparecem e uma irradiação de amor demétrico tudo abrange. Estará aqui e agora desperta para uma nova fase de sua vida: ser mãe. Uma vez mãe, permanecerá sempre mãe, pois nada apaga a emoção de carregar um filho sob o coração.
O arquétipo da Mãe era representado no Olimpo por Deméter. Embora muitas Deusas tenham sido mães, nenhuma se compara à esta Deusa, pois ela deseja ser mãe. Quando está grávida ou criando seus filhos, Deméter atinge o ápice de sua plenitude enquanto mãe. Ela orgulhosamente proporcionou vida nova e novas esperanças à sua comunidade. No antigo simbolismo de seu ciclo, ela corporifica agora a lua cheia, e também o verão abundante com frutos da terra. O cálice da força vital dentro de si está transbordante.
Este arquétipo não está restrito à mãe biológica. Ser mãe de criação ou ama seca, permite que outras mulheres expressem seu amor maternal. A própria Deméter representou este papel com Demofonte.
MÃE-NATUREZA
O povo grego. ano após ano, via, com natural pesar, os dias brilhantes do verão desvanecer-se com a tristeza da estagnação do inverno. Ano após ano, saudava a explosão de vida e cores da primavera. Habituado a personificar as forças da natureza e a vestir suas realidades com roupagem de fantasia mítica, ele criou para si um panteão de deuses e deusas, de espíritos e duendes, que oscilavam com as estações e seguiam as flutuações anuais de seus fados com emoções alternadas de alegria e tristeza, que expressava na forma de ritual e de mito. Um destes mitos é o da Deusa Deméter. Os romanos a conheciam como Ceres.
O símbolo principal de Deméter era um feixe de trigo e, em seus mistérios em, Elêusis, uma única espiga de milho. É retratada como uma mulher bonita de cabelo dourado e vestida com roupão azul, considerada a Senhora das Plantas. Seu animal sagrado é o porco, que representava um sacrifício de fertilidade em todo o mundo por causa de seus múltiplos úteros. Seu animal sagrado marinho era o golfinho.
AS TESMOFORIAS
O festival grego da “Tesmoforias” era celebrado anualmente em outubro, em honra a Deméter e era exclusivo para mulheres. Se constituía de três dias de celebrações pelo retorno de Core ao Submundo.
Neste festival, os iniciados compartilhavam uma beberagem sagrada, feita de cevada e bolos.
Uma das características da Tesmoforia era uma punição aos criminosos, que agiam contra as leis sagradas e contra as mulheres. Sacerdotisas liam a lista com os nomes dos criminosos diante das portas dos templos das Deusas, especialmente Deméter e Ártemis. Acreditava-se que aqueles desta forma amaldiçoados morreriam antes do término de um ano.
O primeiro dia da Tesmoforia era celebrado o “kathodos”(baixada) e o “ánodos”(subida), um ritual em que as sacerdotisas castas levavam leitões para serem soltos dentro de grutas profundas cheias de serpentes e os restos decompostos dos porcos do ano anterior eram recolhidos.
O segundo dia era chamado de “Nestía”, nele as mulheres jejuavam, sentadas no chão, imitando a forma ritual dos processos da natureza e, de acordo com uma perspectiva mitológica, representando a dor de Deméter pela perda da filha, quando, inconsolada, se sentou ao lado do poço. O ambiente era triste e, portanto, não se usavam guirlandas.
No terceiro dia, se celebrava um banquete com carne e os leitões recolhidos (do ano anterior) eram espalhados na terra arada, e se invocava a Deusa de belo nascimento, “kalligeneia”.
MISTÉRIOS ELEUSIANOS
O propósito e o significado dos Mistérios Eleusianos era a iniciação à uma visão. “Eleusis”, significa “o lugar da feliz chegada”, de onde os campos Elíseos tomam seu nome. O termo “Mistérios” provêm da palavra “muein”, que significa “fechar” tanto os olhos como a boca. Faz referência ao segredo que rodeia as cerimônias e a conformidade requerida do iniciado, ou seja, se exige de ele ou ela permita que se faça algo: daí se deduz o significado de “iniciar”. A culminação da cerimônia consistia na exposição de objetos sagrados no santuário interno à mãos do sumo sacerdote ou hierofante (hiera phainon), “o que faz que os objetos sagrados apareçam”. Era somente permitido fazer alusões indiretas sobre o que ocorria. Entre elas, a fundamental era que Deméter falava à sua filha e se reunia com ela em Eleusis. Mas, alguns escritores cristãos violaram essa regra e um assinalou que o ponto culminante da cerimônia consistia em cortar uma espiga de trigo em silêncio.
Qualquer pessoa podia assistir os Mistérios, desde que falasse grego, mulheres e escravos inclusive, desde que não tivessem as mãos sujas de sangue por nenhum crime. Os Mistérios eram realizados uma vez ao ano para mais ou menos três mil pessoas. Se sabe que esses iniciados não formavam nenhuma sociedade secreta, eles vinham de todos os pontos da Hélade, participavam da experiência e logo se separavam.
Os Mistérios menores, que se celebravam até o final de inverno no mês das flores, o Antesterion (nosso fevereiro) e era pré-requisito para a participação nos Mistérios maiores, que se celebravam no outono. Esses Mistérios exploravam o que havia acontecido à Perséfone, Deusa do Mundo Subterrâneo, quando estava colhendo flores em Nisa. Se diz que ela foi raptada por Hades enquanto colhia um narciso de cem cabeças. Os gregos chamavam de narciso toda a planta que tinha propriedades narcóticas.
Esse rapto representa várias idéias, uma é o processo que experimenta a semente ao cair na terra e decompõem-se para voltar de novo à vida. Que se representava simbolicamente como as primeiras núpcias entre os reinos da vida e da morte.
Porém, também representa o rapto extático que proporcionavam certas substâncias que estavam relacionadas com Dionísio, deus da embriaguez, que por sua vez era Senhor de Hades por sua relação com tudo que apodrecia, fermentava e se transformava em outra coisa.
O primeiro estágio da iniciação no Mistérios menores era o sacrifício de um porco jovem, o animal consagrado à Deméter, que substituía simbolicamente a morte do próprio iniciado. Como nas Tesmoforias esse rito se ajusta à variante órfica do mito, que associava a morte do leitão com o rapto de Perséfone.
O segundo estágio da iniciação era uma cerimônia de purificação na qual o iniciado era vendado. As sucessivas etapas dos ritos de iniciação são descritas, através de alusões, inteligíveis para os já iniciados, porém não para os profanos. O acontecimento central dos Mitos Eleusinos era a noite em que se consumia a poção sagrada Kykeon. Os ingredientes dessa poção se constituiu um segredo durante esses 4 mil anos.
Os Mistérios maiores se celebravam a princípio à cada cinco anos. Mais tarde passaram a celebrar anualmente, no outono: começava no dia 15 do mês Boedromión (nosso mês de setembro) e duravam nove dias. Se reuniam iniciados de todos os lugares do mundo helênico e romano, e se declarava uma trégua entre as cidades estado gregas durante quarenta e cinco dias, desde o mês anterior até o mês seguinte.
Na véspera do início, se levavam os objetos sagrados, o “hierá”, de Deméter em procissão desde Eleusis até Atenas.
1- dia 15 do boedromion: Agyrmos, reunião. Proclamação:
Nesse dia tinha lugar a convocação e preparação dos iniciados. Os hierofontes declaravam o “prorrhesis”, o início dos ritos.
2 dia- 16: Elasis ou Helade Mistay: “Ao mar, ó iniciados!”
No segundo dia os iniciados se purificavam no mar (Falero), num rito chamado de “expulsão”. Durante nove dias fariam estas abluções na água do mar, nove dias como Deméter peregrinou pela terra em busca da verdade sobre o rapto de Perséfone. Nesse mesmo dia, os iniciados sacrificavam um leitão enquanto o hierofante os instava: Helade, Mysthai!
3 dia- 17: Hiereia Deuro: Sacrifício
Parece que nesse dia se celebravam o sacrifício oficial em nome da cidade de Atenas.
4 dia- 18: Asclepia
Esse dia era chamado de Asclepia em honra de Asclepio, deus da cura, era outro dia de purificação.
5 dia- 19: Yacós ou Pampa, procissão
Esse era um dia de celebração onde se realizava um grande procissão que inciava em Ceramico (Cemitério de Atenas) até Eleusis, seguindo o itinerário sagrado. Percorriam uns 32 Km. Algumas sacerdotisas levavam as “hierás” em “kistas”fechadas, ou cestas, rodeadas por uma multidão que dançava e gritava o nome de Yaco, cuja estátua, coroada de myrto e carregando uma tocha.
Yaco era o outro nome de Dionísio que, segundo a lenda órfica, era filho de Perséfone e Zeus, pai da mesma. Fui concebido em uma noite em que o deus se aproximou de uma caverna subterrânea transformado em serpente. Não se tratava de Dionísio, deus do vinho e do touro (cujo equivalente é o cretense Zagreo), deus que é desmembrado, porém vive de novo. Era Dionísio como criança de peito místico, o deus que morre e vive eternamente, imagem da renovação perpétua.
Na fronteira entre Eleusis (era uma cidade pequena à 30km noroeste de Atenas) e Atenas, pessoas mascaradas parodiavam a procissão. Encenavam o mito que relatava como Yambe ou Baubo animou Deméter. Como em tantas festas de renovação, preparavam o nascimento do novo para substituir o velho. Quando as estrelas apareciam, os “mystai” (iniciados) rompiam seu jejum, pois o dia vigésimo do mês havia chegado e segundo as “Ranas” de Aristófanes, o resto da noite passavam entre cantos e bailes. Os templos de Poseidón e Ártemis se abriam para todos, porém atrás deles estava a porta que dava ao santuário, e nada, exceto os iniciados, poderiam passar sob pena de morte.
6 dia – 20: Telete (mysteriodites Nychtes)
Esse era um dia de descanso, jejum, purificação e sacrifícios, de acordo com o mito de jejum de Deméter, representando o ritual de esterilidade do inverno. O jejum se rompia com a bebida de cevada, mel e polén (Kykeon) que preparavam e então se permitia que os iniciados entrassem no santuário sagrado. Essa celebração acontecia em um lugar chamado de Telesterion, chamado assim porque aqui se alcançava “o objetivo” ou “telos”. Era um local enorme, que podia albergar milhares de pessoas e onde se exibiam os objetos sagrados de Deméter. No centro estava o Anactoron, uma construção retangular de pedra com uma porta em um de seus extremos, que só o hierofonte podia passar. Essa era a parte mais reservada dos Mistérios eleusianos.
Mas o que exatamente ocorria neste momento?Seria o começo da própria iniciação? Parece que se desenvolvia em três etapas: “drómena, o feito (Ação); legómena, o dito (texto falado); deiknýmena, o mostrado (visão). Depois tinha lugar uma cerimônia especial conhecida como “epoptía”, o estado de “haver visto”, se celebrava para os iniciados do ano anterior.
Em drómena os iniciados participavam de um desfile sagrado pelo qual se representava o relato de Deméter e Perséfone. Os legómena consistiam em invocações ritualísticas curtas, pequenos comentários que acompanhavam o desfile e explicavam o significado do drama. Os deiknýmena, a exibição dos objetos sagrados, culminava na revelação proferida pelo hierofante, cuja difusão era proibida. Os epoptía também incluiam a exibição de “hierá”, não se sabe ao certo o que eram esses objetos sagrados. Segundo as fontes arqueológicas de A. Kórte (Zu den Eleusinischen Mysterien, «Archiv für Religions Wissenschaft» 15, 1915, 116) supõe-se que a enigmática cesta que tomavam os iniciados, entre outros objetos, havia um que representava o órgão sexual feminino, o qual, em contato com o corpo dos mystai, contribuía com a sua regeneração e passavam a ser considerados filhos de Deméter.
M. Picard (L’épisode de Baubó dans les mystéres d’pleusis, «Revue d’histoire des religions» 1927, 220-255) adiciona o órgão masculino. O iniciado tocaria sucessivamente os dois objetos, simbolizando assim a verdadeira união sexual.
7 dia- 21: Epopteia
Somente à tarde tinha início os ritos secretos. Em determinado momentos deviam pronunciar uma contra-senha sagrada:”Jejuei, bebi o kykeon, o tomei do canasto (calathus) e, depois de prová-lo o coloquei de novo no canasto e dali, ao cesto”. Misteriosas palavras, que sem sombra de dúvida, tinham grande significado para os iniciados. Todo o resto do dia era passado em compasso de espera e somente à noite os iniciados entravam no santuário. Um muro à sua direita impedia que vissem o local da “Rocha sem alegria” (local em que se supõe que a Deusa Deméter esteve sentada). Ouviam lamentos procedentes dali. Chegavam ao Telesterion e depositavam os leitões nas “mégara”, uma espécie de sótão do templo. Em seguida peregrinavam fora do Telesterion em busca de Core (Perséfone), na escuridão e com a cabeça coberta com uma carapuça que não lhes permitia ver nada, cada iniciado era guiado por um mystagogo. Imagine andar na escuridão, totalmente desorientado, esperando em silêncio, até que um gongo soa como um trovão e o hierofonte clamando por Core, até que o mundo inferior se abre e das profundezas da terra aparece a Deusa. Daí um clarão de luz enche a câmara, crescem as chamas da fogueira e o hierofonte canta:
-”A Grande Deusa deu à luz a um filho sagrado: Brimo pariu à Brimós”. Então, em silêncio profundo, levanta com a mão uma espiga de trigo.
Para que entendam, Brimo era uma Deusa do Mundo Inferior em Tesália, ao norte. Os nomes Brimo e Brimós sugerem à introdução da agricultura e de que nos Mistérios da Grécia houve influência tesalia.
Mas que estão fazendo Brimo e Brimós em Eleusis?
Kerényi diz que Brimo é “fundamentalmente um nome que designa a rainha do reino dos mortos, atribuído à Demeter, Core e Hécate em sua qualidade de Deusas do Mundo Inferior”. Nesse caso, o filho é o espírito da renovação concebido no Mundo Inferior como testemunho vivo de que na morte há vida, já que está na “riqueza” da colheita, o “tesouro” do conhecimento intuitivo espiritual.
Brimo, portanto, foi o nome dado ao filho de Perséfone, ao qual ela deu à luz no inferno em meio as chamas. Esse nome parece referir-se à Dionísio, o deus de vida indestrutível.
8 dia – 22: Plemochoai
Era dia de sacrifício e festa. Sacrificavam-se touros à Deméter e Perséfone (Core) e outros animais, especialmente leitões. Este festival era chamado Plemochoai, porque esse era o nome dado aos vasos (ou taças) que o sacerdote enchia com um certo líquido e, virando-se para oeste e depois para leste, derrama ao solo o que continham. O povo, olhando para o céu, grita “chuva!” e, olhando para a terra, grita “concebe!”, hýe, kýe.
Harrison escreve que “o rito do matrimônio sagrado e o nascimento da criança sagrada….era o mistério central”. Entretanto, a cerimônia final nos mostra o matrimônio simbólico da chuva celestial com à terra, que havia de conceber o filho do grão (da semente), porém existia a possibilidade se ser celebrado esse casamento simbólica ou literalmente, entre o hierofante e uma sacerdotisa antes do regresso de Core.
9 dia – 23: Epistrofe
Neste dia os iniciados voltavam à Atenas. Eleusis voltava a velar-se em seus mistérios, enquanto se despedia dos visitantes, agora renascidos, levando consigo as experiências de vinculação com as divindades. Assim acabam os Mistérios de Eleusis.
A gestão desse culto era exclusiva das famílias aristocráticas, com funções definidas para cada uma delas. O sumo sacerdote, o chamado hierofante, devia pertencer a família dos Eumólpidas, enquanto a família dos Cérices procediam dos sacerdotes de traço imediatamente inferior, o portador da tocha. A sacerdotisa vivia sempre no santuário. O hierofante ostentava o privilégio de escolher seus iniciados. Sobre todos eles se sobrepunha uma outra figura, o chamado arconte rei (archon basileus) no eleusino, que era ateniense (era os atenienses que controlavam o culto), ao qual assiste uma equipe de colaboradores (epistatai), encarregados das finanças.
MORRER PARA RENASCER
Morrer para renascer, esse é o sentido da iniciação. O sangue dos animais sacrificados simbolizavam a própria morte do iniciado. É Plutarco que nos diz que “morrer é ser iniciado”. Só através da morte se regressa à luz. Clemente e Foucart realmente estão de acordo com essa idéia: representar a busca de Deméter e identificar-se com Perséfone é precisamente vagar no mundo subterrâneo da morte, do mesmo modo que encontrar Core é retornar à vida depois da morte.
Esse mito grego recupera um mito bem mais antigo conhecido como a “Descida de Inanna”, que vai e vem entre ambos os mundos. Perséfone aqui é a faceta da mãe que desce e regressa de novo à mãe, configurando uma totalidade nova. Se percebe claramente uma continuidade nessa relação: vida em morte e morte em vida. Se “vê através” de uma a outra, e isso liberta a humanidade de sua natureza de entidades antagônicas. Quando mãe e filha se percebem como uma única realidade, nascimento e renascimento se convertem em fases que provêm de uma fonte em comum: através da dita percepção se transcende a dualidade.
A DEUSA TRÍPLICE
A triplicidade pode ser vista na lua, que é: crescente, cheia e minguante. E, no fato da Deusa reger o mundo superior, a terra e o mundo inferior. Ela era também a Donzela ou Virgem, a Mãe e a Anciã, as três principais fases da vida de toda a mulher. Pois Deméter se vê “Donzela” em sua filha Coré. É “Mãe” desta filha e de tudo que brota e cresce. Mas, ao perder sua filha Coré para Hades, torna-se “Anciã” associada diretamente com a morte.
Para cada fase ou ciclo há perdas que devem ser vivenciadas por todas as mulheres. No primeiro ciclo, visualiza-se a “morte da donzela”, que torna-se uma jovem nubente e é uma iniciação para fase seguinte, que se tornará mãe, abençoada com seus próprios filhos. Quando a Mãe não pode mais conceber (menopausa), passa a tocha da maternidade para filha, transferindo para ela todos os poderes da fecundidade. A morte da mãe, constitui a mulher idosa que tem agora o potencial para ingressar na esfera espiritual das anciãs, guardiãs dos mistérios da morte.
Hoje estes ciclos raramente são reconhecidos e vividos plenamente pelas mulheres, pelo fato de habitarem um mundo predominantemente masculino. A realidade moderna e científica tornou a “Mãe” uma máquina biológica de produção de bebês, que favorece ou prejudica a política financeira de uma determinada sociedade.
DEMÉTER HOJE
Por mais belo que se pinte um quadro de uma mãe com o filho nos braços, ele estará longe de ser a realidade para a maioria das mães das sociedades industrializadas e urbanas do Ocidente. As pressões financeiras, privam a mulher de permanecer no seio da família, cuidando de seus amados filhos. Até a licença-maternidade, através de duras penas conseguida, possui um tempo vergonhosamente limitado, pois a volta ao trabalho quase de imediato, não permitem que a mãe acompanhe o desenvolvimento de seu bebê. Além de ser estigmatizada por tal feito, pois ter um filho em nossos dias, significa estar fora de ação, inativa e lhes é somente permitido olhar saudosamente para o mundo que caminha sem elas.
Deméter sofre com o eclipse em nossa civilização. As mulheres que representam seu modo de ser, não têm condições de competir com as mulheres mais instruídas, pois a Deméter natural não é tão intelectualizada. Ela adora apenas criar seus filhos e acaba ficando muito sentimentalizada, tratada com condescendência e destituída do poder por suas irmãs feministas.
Deméter nas antigas comunidades agrárias, tinha dignidade, autoridade e uma vida bastante gratificante. Tudo se perdeu numa sociedade onde tudo é subserviente às exigências econômicas do monopólio do consumo.
Por Rosane Volpatto.



A palavra Tesmoforia significa estabelecimento das leis ou da instituição sagrada. Deméter era reverenciada como a Legisladora, a Guardiã da Lei.

Links a relacionar em Escola de Mistérios.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Introdução snake worship

Biblioteca Wicca e Pagan

O Segredo da Serpente está ligado à Kundaline Yoga, ao Tantra,  Tantra Lemuriano, Imbolc, São Patrick, Valentine's Day, Bride (Brigite), Culto à Cobra (Snake Worship), Primavera (Imbolc, Ostara, Beltane) e Verão (Litha, Lammas e Mabon?), Pan, Dionísio, Cibele,
Ritos descritos na bíblia da feitiçaria ligam os ritos ao celtas aos egípcios de Ísis e Osíris, Dionísio e Ariadne,  Rosacruz e Massonaria.



Snake Worship